Francisco Assis debate "A Situação Económica Portuguesa e Europeia" com uma centena de empresários
A ACIB iniciou um novo ciclo de conferências que contará com a presença de personalidades relevantes no contexto nacional e regional e que abrangem um largo espectro de conhecimento e de atuação.
No lançamento do ciclo de conferências, a ACIB teve como convidado de honra Francisco Assis, Presidente do Conselho Económico e Social (CES), que proferiu uma intervenção subordinada ao tema “A Situação Económica Portuguesa e Europeia”.
Na abertura, o presidente da ACIB, João Albuquerque referiu que estas conferências “são um ponto de inflexão na ausência de um local de encontro empresarial onde o conhecimento e o networking vão confluir". "Já não se pode pensar no futuro sem pontos de encontro que ajudem à reflexão, à cooperação e ao fomento do conhecimento”. Esta iniciativa pretende ser um contributo para a afirmação do tecido empresarial da região, com peso significativo no PIB e nas exportações portuguesas.
O convidado de honra, Francisco Assis, presidente do CES, ao abordar o tema da “Situação Económica Portuguesa e Europeia”, fez o retrato do país, à centena de empresários da região que participaram no almoço-debate.
Para Francisco Assis, Portugal "enfrenta problemas de demografia, do crescimento da economia e de rendimentos e baixa produtividade e tem um Estado Social por reformar". Isto num momento em que pode beneficiar do processo da reindustrialização da Europa.
Para o presidente do CES, Portugal "tem um problema demográfico seríssimo que é necessário encarar e adotar soluções que passem, por exemplo, por uma melhor conciliação entre a vida privada e a vida profissional".
Depois, salientou que o país tem "dois problemas essenciais" que estão interligados, um que tem que ver com o crescimento da economia e outro com os rendimentos que são baixos.
Apontou o fraco crescimento agregado da economia nacional desde a adesão ao euro, como "um problema sério". Portugal, cresceu, desde a entrada na União Europeia, em 1986, 11%, o que é praticamente, uma estagnação. Espanha, por exemplo, atingiu os 28%" e considera pouco. A União Europeia cresceu 30% longe dos países do leste, em que alguns deles cresceram acima dos 100%. "Portanto, há aqui um problema sério com o crescimento da economia portuguesa que não pode ser ignorado".
Na sua intervenção acrescentou ainda, que a evolução da produtividade em Portugal "tem sido muito lenta". "Este é um drama também com que nos confrontamos e é uma questão que suscita inquietação, porque não há nenhuma resposta clara". Referiu ainda que, "Precisamos da modernização do nosso tecido produtivo" e para isso "o associativismo empresarial pode e deve ter aqui um papel muito importante, porque, por vezes, há falta de escala das empresas portuguesas". "As pequenas e médias empresas necessitam de se associar para ganhar escala, indo de encontro, ao que a ACIB defende há décadas".
No entanto, reconheceu que o país fez grandes investimentos com sucesso em áreas essenciais. Exemplo disso mesmo é o investimento feito na qualificação das pessoas. No entanto, deu nota que Portugal forma "pessoas com altas qualificações que não entram no mercado nacional de trabalho, pois Portugal não tem condições de responder às expectativas desenvolvidas por essas pessoas, que encontram noutros mercados e noutros países onde lhes pagam bastante melhor".
No que diz respeito aos rendimentos, o presidente do CES considerou que uma parte da solução para este problema vai resultar do crescimento económico que seja acompanhado de uma distribuição justa desse mesmo crescimento económico. Outra parte terá que ser por parte das empresas dos setores que podem pagar melhor. O próprio Estado, salientou, "terá que pagar melhor no início das carreiras". Acrescentou que “há uma diferença muito grande entre o início e o fim da carreira que em Portugal é excessiva e que tem de ser resolvida".
Concluiu a sua intervenção, defendendo uma "reforma profunda ao nível da gestão do Estado Social, num quadro de envelhecimento populacional, realidade que tem de ser encarada com uma vantagem e um avanço, e não como um "problema".
Segundo o Francisco Assis, o Estado Social português continua a funcionar e prova disso são os apoios à natalidade, como as creches gratuitas, que, espera, agora deverá ser estendido aos utentes do sector privado.
A ACIB iniciou um ciclo de conferências de âmbito regional, numa perspetiva de contribuir para o que falta muito na região, isto é, um fórum permanente, regular que permita um encontro e informação. Pretende-se com estes eventos, as Conferências ACIB, abordar os mais variados temas com impacto direto nas empresas, nas pessoas e na região.
No lançamento do ciclo de conferências, a ACIB teve como convidado de honra Francisco Assis, Presidente do Conselho Económico e Social (CES), que proferiu uma intervenção subordinada ao tema “A Situação Económica Portuguesa e Europeia”.
Na abertura, o presidente da ACIB, João Albuquerque referiu que estas conferências “são um ponto de inflexão na ausência de um local de encontro empresarial onde o conhecimento e o networking vão confluir". "Já não se pode pensar no futuro sem pontos de encontro que ajudem à reflexão, à cooperação e ao fomento do conhecimento”. Esta iniciativa pretende ser um contributo para a afirmação do tecido empresarial da região, com peso significativo no PIB e nas exportações portuguesas.
O convidado de honra, Francisco Assis, presidente do CES, ao abordar o tema da “Situação Económica Portuguesa e Europeia”, fez o retrato do país, à centena de empresários da região que participaram no almoço-debate.
Para Francisco Assis, Portugal "enfrenta problemas de demografia, do crescimento da economia e de rendimentos e baixa produtividade e tem um Estado Social por reformar". Isto num momento em que pode beneficiar do processo da reindustrialização da Europa.
Para o presidente do CES, Portugal "tem um problema demográfico seríssimo que é necessário encarar e adotar soluções que passem, por exemplo, por uma melhor conciliação entre a vida privada e a vida profissional".
Depois, salientou que o país tem "dois problemas essenciais" que estão interligados, um que tem que ver com o crescimento da economia e outro com os rendimentos que são baixos.
Apontou o fraco crescimento agregado da economia nacional desde a adesão ao euro, como "um problema sério". Portugal, cresceu, desde a entrada na União Europeia, em 1986, 11%, o que é praticamente, uma estagnação. Espanha, por exemplo, atingiu os 28%" e considera pouco. A União Europeia cresceu 30% longe dos países do leste, em que alguns deles cresceram acima dos 100%. "Portanto, há aqui um problema sério com o crescimento da economia portuguesa que não pode ser ignorado".
Na sua intervenção acrescentou ainda, que a evolução da produtividade em Portugal "tem sido muito lenta". "Este é um drama também com que nos confrontamos e é uma questão que suscita inquietação, porque não há nenhuma resposta clara". Referiu ainda que, "Precisamos da modernização do nosso tecido produtivo" e para isso "o associativismo empresarial pode e deve ter aqui um papel muito importante, porque, por vezes, há falta de escala das empresas portuguesas". "As pequenas e médias empresas necessitam de se associar para ganhar escala, indo de encontro, ao que a ACIB defende há décadas".
No entanto, reconheceu que o país fez grandes investimentos com sucesso em áreas essenciais. Exemplo disso mesmo é o investimento feito na qualificação das pessoas. No entanto, deu nota que Portugal forma "pessoas com altas qualificações que não entram no mercado nacional de trabalho, pois Portugal não tem condições de responder às expectativas desenvolvidas por essas pessoas, que encontram noutros mercados e noutros países onde lhes pagam bastante melhor".
No que diz respeito aos rendimentos, o presidente do CES considerou que uma parte da solução para este problema vai resultar do crescimento económico que seja acompanhado de uma distribuição justa desse mesmo crescimento económico. Outra parte terá que ser por parte das empresas dos setores que podem pagar melhor. O próprio Estado, salientou, "terá que pagar melhor no início das carreiras". Acrescentou que “há uma diferença muito grande entre o início e o fim da carreira que em Portugal é excessiva e que tem de ser resolvida".
Concluiu a sua intervenção, defendendo uma "reforma profunda ao nível da gestão do Estado Social, num quadro de envelhecimento populacional, realidade que tem de ser encarada com uma vantagem e um avanço, e não como um "problema".
Segundo o Francisco Assis, o Estado Social português continua a funcionar e prova disso são os apoios à natalidade, como as creches gratuitas, que, espera, agora deverá ser estendido aos utentes do sector privado.
A ACIB iniciou um ciclo de conferências de âmbito regional, numa perspetiva de contribuir para o que falta muito na região, isto é, um fórum permanente, regular que permita um encontro e informação. Pretende-se com estes eventos, as Conferências ACIB, abordar os mais variados temas com impacto direto nas empresas, nas pessoas e na região.
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