CEDRAC e CIM Cávado unidos na adoção de estratégias para a alavancagem da economia da região

A cidade de Barcelos acolheu, no dia 10 de abril de 2018, uma centena e meia de empresários da região Cávado, no I Fórum de Capacitação Empresarial promovido pelo CEDRAC – Conselho Empresarial do Ave e do Cávado e a CIM Cávado - Comunidade Intermunicipal do Cávado no âmbito do projeto "UP Cávado".

Este I Fórum ”Inovação, Exportação e Excelência Empresarial", promovido pela ACIB - Associação Comercial e Industrial de Barcelos, enquanto associação filiada do CEDRAC, constituiu um dos mais importantes momentos de capacitação de empresários e gestores de PME em áreas vitais para o negócio, pelos temas contemplados no seu programa.

Na sessão de abertura estiveram presentes o presidente do CEDRAC, João Albuquerque, o presidente da CIM Cávado, Ricardo Rio e o presidente da Câmara Municipal de Barcelos, Miguel Costa Gomes.

Na abertura do Fórum, o presidente do CEDRAC, João Albuquerque, destacou o Cávado como uma região em crescimento, mas longe do que é desejado. "Temos que fazer mais". Daí a importância de iniciativas como esta, desenvolvidas no âmbito do projeto "UP Cávado", em que a CIM Cávado percebeu que "nós enquanto associação empresarial temos um papel fundamental no interface com as empresas. As associações empresariais são facilitadoras ao levar o conhecimento às empresas e fazer com que as universidades possam ouvir as empresas quanto às necessidades de desenvolvimento científico e tecnológico".
 
O presidente do CEDRAC sublinhou a necessidade de dinamizar o tecido económico para aproximar a região do Cávado a outras regiões do país onde os índices económicos são mais expressivos, através do desenvolvimento do território, do crescimento económico e a sua capacidade de atração de investimento. É necessário afirmar o território perante outras áreas, nomeadamente as Áreas Metropolitanas do Porto e de Lisboa. Para isso, é necessário "mais recursos, mais mão-de-obra qualificada, projetos, iniciativas". Neste sentido, "este projeto faz todo o sentido uma vez que além de agregar entidades com voz ativa, alicerça-se com quem percebe do assunto: as associações empresariais e o ensino superior que traz projetos para a comunidade".

O presidente do CEDRAC concluiu a sua intervenção destacando que "precisamos de energia. Ela vem das empresas. Precisamos de políticas públicas de aproximação às empresas, infraestruturas de suporte, de estratégicas coletivas".

Seguidamente interveio o presidente da CIM Cávado, Ricardo Rio, que deu mote de que o território do Cávado está ainda aquém do desenvolvimento dos principais territórios a nível nacional e internacional. Contudo, Enalteceu o "vastíssimo" potencial que o mesmo dispõe e que é traduzido pela sua juventude, pelo seu dinamismo empresarial, pela sua capacidade diferenciadora e, sobretudo, pela aposta que tem sido desenvolvida, de uma forma consistente, na promoção da inovação, exportação e excelência empresarial.

O presidente da CIM Cávado destacou que a concentração de esforços é essencial. As estratégias coletivas e as parcerias constituem a chave para concertar posições e estratégias que visam alavancar o motor económico da região do Cávado. Enfatizou "Não há qualquer sobreposição entre aquilo que são as responsabilidades e praticas inerentes à atividade das associações empresariais e demais estruturas e aquelas que hoje são, crescentemente, assumidos pelas autarquias e outros organismos públicos. Todos trabalhamos para o mesmo fim".

A sessão de abertura terminou com a intervenção do presidente da Câmara Municipal de Barcelos (CMB), Miguel Costa Gomes, que referiu ter um enorme respeito pelos empresários da Região e em especial de Barcelos. Agora está no papel de presidente de Câmara mas já esteve no papel de empresário e no papel de dirigente associativo enquanto presidente da ACIB durante muitos anos. Referiu ter adquirido bagagem, experiência, uma visão muito própria que lhe permite atuar e defender os interesses dos empresários porque percebe o quanto difícil é sê-lo, pois abraçam um risco permanente. Neste momento o risco é acrescido pelo risco que existe na mutação dos mercados. Salientou que os empresários têm que ter consciência que o mundo está a mudar e que têm que adotar estratégias que diminuam, minimizem o risco. Enquanto politico tem um olhar especial para com os empresários e recebe-os sempre que existe essa solicitação. Referiu que tem que haver respeito pelo empresário. As autarquias têm que olhar para os empresários com os olhos que eles merecem. São eles que movimentam a economia local, que produzem receita e geram riqueza. No caso da CMB a prioridade são os presidentes de Junta e seguidamente os empresários. Terminou referendo que é apologista da regionalização e que tem lutado muito nesse sentido e deixou a mensagem que em breve existirão mudanças a este nível, que existirão serviços que em breve serão descentralizados.

Seguidamente, foi apresentado o painel I “Inovação como motor do crescimento e da excelência", pelo pró-reitor da Universidade do Minho, Filipe Vaz, que moderou a intervenção dos restantes oradores.

Bibiana Dantas, pela Agência Nacional de Inovação (ANI) abordou o tema "A inovação nas PME". Apresentou a ANI e referiu "Apoiamos PME ambiciosas a inovar e a internacionalizarem-se. Apresentou a ampla gama de serviços que a ANI disponibiliza às PME voltadas para o crescimento. Apresentou ainda o banco de dados comercial da rede que contém milhares de perfis de empresas facilitadora para o estabelecimento de parcerias.

A temática "A importância do Design na excelência empresarial" foi abordada por Paula Tavares, diretora da Escola Superior de Design do IPCA. Ao longo da sua intervenção abordou a importância do Design no desenvolvimento da competitividade das empresas e a importância das sinergias entre instituições, indústria e investigação. Neste contexto, recentemente a Escola Superior de Design comprometeu-se com o projeto ‘Inovar pelo Design’ coordenado pela CIM do Cávado e pela Agência de Energia – no programa operacional Norte 2020 ‘Qualificar o Cávado’ onde a ESD vai avaliar e diagnosticar, de forma construtiva, processos e procedimentos em ambiente empresarial, através de apresentação de exemplos e boas práticas.

Seguidamente interveio neste painel, Jorge Batista, administrador da PRIMAVERA Business Software Solutions, SA. A sua intervenção foi focada na experiência adquirida pela PRIMAVERA ao longo dos anos. Destacou a presença da empresa em mais de 20 países; a existência de escritórios em 6 países e a sua atividade internacional desde 1998. Deu nota no final da sua intervenção de que: "em 12 meses conquistamos mais de 1.000 novas empresas; Preparamo-nos para lançar o Jasmin em Espanha; No final de 2018 vamos lançar o ROSE, um dos 1ºs ERPs para PMEs, disponível apenas na cloud e em regime de subscrição. Talvez estejamos a lançar os NOVOS CONTALIB!

O Painel foi encerrado com a intervenção de Eduardo Castro Marques especialista em RGPD da Sociedade de Advogados Nuno Cerejeira Namora, Pedro Marinho Falcão & Associados com o tema: “RGPD: problema ou desafio”.

Iniciou a sua intervenção referindo que o Novo Regulamento Geral de Proteção de Dados Pessoais (RGPD) entra em vigor, a partir de 25 de maio de 2018,e que introduz não só novas regras como também elevadas coimas em caso de incumprimento. Na sua intervenção foi abordado de forma clara os seguintes temas: Consentimento do titular dos dados, política de privacidade, impressos e formulários; Sistema para registo de dados pessoais; Direito ao esquecimento e direito à portabilidade; Falhas de segurança; Avaliação de impacto; Encarregado de proteção de dados; Subcontratação. Alertou para a necessidade de adequação das empresas e das instituições a esta nova realidade, A Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) andará efetivamente no terreno, junto das empresas e entidades, a fiscalizar o cumprimento deste novo regulamento.

De seguida foi apresentado o painel II “Exportações - A excelência empresarial da Região Cávado”, pelo diretor adjunto do Jornal Vida Económica, João Luís de Sousa, que moderou a intervenção dos dois oradores inerentes ao painel.

Neste II painel, pela AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, Luís Reis, da Direção de Rede Externa e Institucionais, abordou o tema "Os apoios da AICEP às empresas exportadoras" referiu o Cávado como uma região com potencial exportador, que cresceu nos últimos anos graças a um forte esforço feito pelos seus empresários. Abordou os projetos individuais e os projetos conjuntos que existem no apoio à exportação e aconselhou as empresas de pequena dimensão a integrarem, primeiramente pelos projetos conjuntos, para poderem partilhar, trocarem experiencias, prepararem-se com outras empresas participantes.

Um dos momentos chave deste Fórum foi a intervenção do presidente da CCDR-n, Fernando Freire de Sousa, neste painel II com o tema "O crescimento do Cávado - O papel do Norte 2020”, que referiu que faria uma intervenção mais otimista, contrariando a sua postura habitual pois os indicadores recolhidos permitem poder afirmar que a região do Cávado tem tido um papel "relevante e muito positivo "no indicador do crescimento económico. Apontou que o Cávado tem, de facto, crescido em vários indicadores ao longo dos últimos dez anos. "Crescimento de exportação, resistência de ponto de vista da capacidade de retenção da população, de desenvolvimento do país e de acesso a fundos estruturais são indicadores positivos nesta região". Contudo, afirma que "nem tudo está feito". "O sistema Centralista em que vivemos é um bloqueio ao desenvolvimento e não um desbloqueio de desenvolvimento". O Presidente da CCDR-n, defensor da regionalização, destaca que esta é uma variável que é necessário ultrapassar. "As regiões têm que ter a própria voz e não estar a passar sempre por Lisboa para poder produzir as próprias dinâmicas. Será um processo indiscutível do nosso desenvolvimento".

Olhando para o futuro das empresas, o presidente da CCDR-n referiu que a região Cávado "está melhor no relacionamento entre universidades e tecido empresarial", mas que quando comparando com a Europa percebe-se que a ligação é muito residual.

O CEDRAC – Conselho Empresarial do Ave e do Cávado e a CIM Cávado - Comunidade Intermunicipal do Cávado promovem a primeira edição do "UP Cávado", iniciativa que pretende a dinamização de ações de qualificação no sentido de contribuir para a capacitação dos empresários e gestores de PME em áreas vitais para o negócio.



    



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