Associativismo, PRR e liderança foram temas em destaque no Fórum Regional da Indústria
Decorreu no Auditório Municipal de Barcelos mais uma edição do Fórum Regional da Indústria, organizado pela ACIB em parceria com o Município de Barcelos e a Confederação Empresarial de Portugal (CIP). Com um painel de experientes elementos do ramo, o evento encheu a sala de empresários curiosos e dispostos a aprender. Os oradores transmitiram ao público conhecimentos, numa altura em que a instabilidade política ultrapassa um momento de pico.
Secretário de Estado do Trabalho destacou a importância da valorização dos rendimentos e da preservação do emprego.
João Albuquerque, Presidente da ACIB, e Mariana Carvalho, Vereadora da Câmara Municipal de Barcelos (CMB), fizeram a abertura do evento, destacando a indústria barcelense e a coragem dos empresários locais, que continuam a resistir aos desafios diários. Através de exibição de vídeo, Armindo Monteiro, Presidente da CIP, também teve a sua intervenção, na qual deixou críticas ao PRR.
Seguiu-se o painel sobre “Os Apoios às Empresas no Âmbito do PT 2030”, com moderação de António Costa da Silva, da JH Consulting, e com intervenções da Dra. Ana Lemos Guedes, vogal do COMPETE 2030, e do Dr. Fernando Carvalho, assessor do Concelho de Administração da AICEP. No segundo painel, Pedro Ferraz da Costa, Presidente do Fórum para a Competitividade, e Dra. Cecília Meireles, associada sénior na Cerejeira Namora, Marinho Falcão foram os oradores, acompanhados pela mediadora Rosa Maria Peixoto, da ACIB.
A sessão prosseguiu com o discurso da Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, do Almirante Gouveia e Melo, Chefe do Estado Maior da Armanda. Para encerrar o Fórum Regional da Indústria, o Secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, subiu ao púlpito.
Na sua intervenção, o Presidente da ACIB, sublinhou o trabalho feito pelos empresários: “Portugal é uma espécie de milagre económico. O milagre faz-se no dia-a-dia nas empresas, nos líderes, nos trabalhadores. Empresários que são os primeiros a chegar à fábrica, os últimos a sair da fábrica, são os que pagam salários e segurança social”, disse. João Albuquerque chamou ainda atenção para o tema do “associativismo”: “Precisamos de caminhar para mais associativismo. Queremos fazer as coisas diferentes, mais fortes, mais dinâmicas e com o enorme objetivo de termos resultados diferentes. Só mudando formatos de cooperação isto é possível. O caminho faz-se com muitas parcerias, muitos projetos conjuntos”, afirmou, deixando o repto para que os empresários procurem novos caminhos para o sucesso, à semelhança do que tem feito a ACIB, que está a “criar um gabinete para trabalhar a ESG e ajudar os empresários nesse sentido”.
A vereadora da CMB, Mariana Carvalho, em representação do Presidente do Município, Mário Constantino, sublinhou as palavras de João Albuquerque e confirmou o trabalho que tem sido feito em conjunto com a ACIB para “proteger” as empresas e deixou ainda uma palavra direta de agradecimento aos empresários barcelenses: “Como barcelense e como cidadã, precisava de agradecer aos empresários. Individualmente valemos pouquinho e quando nos associamos fazemo-nos ouvir”, disse, incentivando ao associativismo e trabalho e conjunto.
Sem disponibilidade para marcar presença no Fórum, Armindo Monteiro, presidente da CIP, fez questão de deixar a sua mensagem através de vídeo. O dirigente deixou críticas ao PRR, lembrando que o plano está “aquém” do que Portugal precisa: “A execução do PRR está muito aquém do que é necessário. Desperdiçar o PRR seria um erro indesculpável com graves consequências. É o principal instrumento que temos para recuperar a nossa economia da pandemia e não estamos a aproveitar devidamente”.
A Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, começou a sua intervenção por parabenizar a ACIB pela organização do Fórum Regional da Industrial, realçando que este evento “traz à discussão um tema tão relevante e fulcral para a área governativa da coesão territorial”. “O foco do Governo tem estado em trazer mais território às políticas públicas, em criar condições para tratar diferente o que é diferente, permitindo um papel cada vez mais ativo e interventivo das regiões, também fruto dos fundos europeus”, afirmou.
Já o Almirante Gouveia e Melo trouxe ao Fórum um tema mais generalizado, focado sobretudo na liderança e falando da sua experiência, com particular incidência no sucesso do processo de vacinação. O Chefe do Estado Maior da Armada deu aos empresários o método de trabalho posto em prática no processo de vacinação: “OOAD. Observar, orientar, decidir e agir. Este processo era feito três vezes por dia no processo de vacinação”, revelou o Almirante Gouveia e Melo. O Chefe do Estado Maior da Armada disse que “não há uma fórmula mágica para a liderança”, mas centrou a sua intervenção nas características que um líder deve ter.
Na sessão de encerramento, o Secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes destacou o esforço do Governo em aumentar os rendimentos, bem como na redução da carga fiscal. “Temos feito uma valorização dos rendimentos e reduzimos a carga fiscal. Admito que a carga fiscal é pesada e devemos fazer um esforço para a reduzir e podermos ter competitividade a todos os níveis na economia portuguesa”, disse, acrescentando ainda que é essencial “preservar o emprego”, que tem estado “sistematicamente baixo”. Miguel Fontes afirmou ainda que foram estes fatores, “a preservação do emprego” e a “a valorização dos rendimentos”, que permitiram a Portugal “resistir bem a uma guerra inqualificável, a um surto inflacionista que apanhou todos de surpresa e a uma crise absolutamente dramática no médio oriente”. “Resistimos porque preservamos o emprego e o colocamos como a primeira das prioridades”, concluiu.
Secretário de Estado do Trabalho destacou a importância da valorização dos rendimentos e da preservação do emprego.
João Albuquerque, Presidente da ACIB, e Mariana Carvalho, Vereadora da Câmara Municipal de Barcelos (CMB), fizeram a abertura do evento, destacando a indústria barcelense e a coragem dos empresários locais, que continuam a resistir aos desafios diários. Através de exibição de vídeo, Armindo Monteiro, Presidente da CIP, também teve a sua intervenção, na qual deixou críticas ao PRR.
Seguiu-se o painel sobre “Os Apoios às Empresas no Âmbito do PT 2030”, com moderação de António Costa da Silva, da JH Consulting, e com intervenções da Dra. Ana Lemos Guedes, vogal do COMPETE 2030, e do Dr. Fernando Carvalho, assessor do Concelho de Administração da AICEP. No segundo painel, Pedro Ferraz da Costa, Presidente do Fórum para a Competitividade, e Dra. Cecília Meireles, associada sénior na Cerejeira Namora, Marinho Falcão foram os oradores, acompanhados pela mediadora Rosa Maria Peixoto, da ACIB.
A sessão prosseguiu com o discurso da Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, do Almirante Gouveia e Melo, Chefe do Estado Maior da Armanda. Para encerrar o Fórum Regional da Indústria, o Secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, subiu ao púlpito.
Na sua intervenção, o Presidente da ACIB, sublinhou o trabalho feito pelos empresários: “Portugal é uma espécie de milagre económico. O milagre faz-se no dia-a-dia nas empresas, nos líderes, nos trabalhadores. Empresários que são os primeiros a chegar à fábrica, os últimos a sair da fábrica, são os que pagam salários e segurança social”, disse. João Albuquerque chamou ainda atenção para o tema do “associativismo”: “Precisamos de caminhar para mais associativismo. Queremos fazer as coisas diferentes, mais fortes, mais dinâmicas e com o enorme objetivo de termos resultados diferentes. Só mudando formatos de cooperação isto é possível. O caminho faz-se com muitas parcerias, muitos projetos conjuntos”, afirmou, deixando o repto para que os empresários procurem novos caminhos para o sucesso, à semelhança do que tem feito a ACIB, que está a “criar um gabinete para trabalhar a ESG e ajudar os empresários nesse sentido”.
A vereadora da CMB, Mariana Carvalho, em representação do Presidente do Município, Mário Constantino, sublinhou as palavras de João Albuquerque e confirmou o trabalho que tem sido feito em conjunto com a ACIB para “proteger” as empresas e deixou ainda uma palavra direta de agradecimento aos empresários barcelenses: “Como barcelense e como cidadã, precisava de agradecer aos empresários. Individualmente valemos pouquinho e quando nos associamos fazemo-nos ouvir”, disse, incentivando ao associativismo e trabalho e conjunto.
Sem disponibilidade para marcar presença no Fórum, Armindo Monteiro, presidente da CIP, fez questão de deixar a sua mensagem através de vídeo. O dirigente deixou críticas ao PRR, lembrando que o plano está “aquém” do que Portugal precisa: “A execução do PRR está muito aquém do que é necessário. Desperdiçar o PRR seria um erro indesculpável com graves consequências. É o principal instrumento que temos para recuperar a nossa economia da pandemia e não estamos a aproveitar devidamente”.
A Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, começou a sua intervenção por parabenizar a ACIB pela organização do Fórum Regional da Industrial, realçando que este evento “traz à discussão um tema tão relevante e fulcral para a área governativa da coesão territorial”. “O foco do Governo tem estado em trazer mais território às políticas públicas, em criar condições para tratar diferente o que é diferente, permitindo um papel cada vez mais ativo e interventivo das regiões, também fruto dos fundos europeus”, afirmou.
Já o Almirante Gouveia e Melo trouxe ao Fórum um tema mais generalizado, focado sobretudo na liderança e falando da sua experiência, com particular incidência no sucesso do processo de vacinação. O Chefe do Estado Maior da Armada deu aos empresários o método de trabalho posto em prática no processo de vacinação: “OOAD. Observar, orientar, decidir e agir. Este processo era feito três vezes por dia no processo de vacinação”, revelou o Almirante Gouveia e Melo. O Chefe do Estado Maior da Armada disse que “não há uma fórmula mágica para a liderança”, mas centrou a sua intervenção nas características que um líder deve ter.
Na sessão de encerramento, o Secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes destacou o esforço do Governo em aumentar os rendimentos, bem como na redução da carga fiscal. “Temos feito uma valorização dos rendimentos e reduzimos a carga fiscal. Admito que a carga fiscal é pesada e devemos fazer um esforço para a reduzir e podermos ter competitividade a todos os níveis na economia portuguesa”, disse, acrescentando ainda que é essencial “preservar o emprego”, que tem estado “sistematicamente baixo”. Miguel Fontes afirmou ainda que foram estes fatores, “a preservação do emprego” e a “a valorização dos rendimentos”, que permitiram a Portugal “resistir bem a uma guerra inqualificável, a um surto inflacionista que apanhou todos de surpresa e a uma crise absolutamente dramática no médio oriente”. “Resistimos porque preservamos o emprego e o colocamos como a primeira das prioridades”, concluiu.
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