Conclusões do Fórum do Comércio
A realização do Fórum do Comércio teve como grande objetivo analisar e dinamizar os grandes temas relacionados com os desafios atuais e futuros do sector, numa perspetiva de modernidade e de esforço para elaboração de propostas de ação.
É indiscutível o peso do sector na economia nacional, regional e local.
Dados oficiais do INE, bem como a análise do Banco de Portugal confirmam que:
Em Portugal o peso do comércio no VAB é dos mais elevados e está acima da média no caso do emprego. Entre 2013 e 2017 apresentou o 2.º contributo mais elevado para o crescimento do VAB e também o 2.º maior contributo para o crescimento do emprego.
O sector do comércio contribuiu significativamente para a recuperação da economia portuguesa entre 2013 e 2017: 42% do crescimento total do VAB em termos reais acumulados (15,8% no comércio vs. 5,4% no total).
Devem, assim, os políticos nacionais e locais perceberem o impacto positivo que terão eventuais projetos de apoio que venham a implementar.
A digitalização da economia é irreversível pelo que deve o sector avançar rapidamente para a incorporação de medidas que possibilitem às empresas e empresários estarem dentro deste enquadramento.
O Comércio online está hoje inteiramente ligado à atividade do sector. Devem as empresas estar com lojas online e estratégias de ligação direta aos consumidores. Destaca-se a urgência em promover a adesão das lojas ao comércio online.
A plataforma de comércio online "Barcelos Plaza" é um instrumento decisivo para o comércio, os serviços e a restauração de Barcelos.
Da intervenção do Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, João Torres, podem retirar-se as seguintes conclusões:
Reconhecimento do sector como fundamental à economia. "O sector do comércio é um sector de elevado valor económico que não vai ser descurado pelo novo governo. A atividade comercial é uma componente essencial do dinamismo de qualquer economia e um sector-chave na criação de emprego, desempenhando, para além das suas funções puramente económicas, importantes funções sociais".
A necessidade de revitalizar o sector. "O programa do novo governo vai promover a criação de novas dinâmicas e novas formas de modernizar e revitalizar o comércio urbano e rural pois existe plena consciência dos desafios que enfrenta o sector".
A importância de parcerias institucionais. "Disponibilidade do governo para a colaboração e estabelecimento de parcerias com a CCP, autarquias e associações no sentido da dinamização e do desenvolvimento integrado e sustentável do sector do comércio. O novo Governo precisa de interlocutores para com ele desenharem o plano de ação".
O passo fundamental a caminho da economia digital. "Valorização da digitalização. Interação entre o comércio online e o comércio presencial. Significa que no comércio o mundo será "on e offline". "Se se olhar para os grandes players do comércio eletrónico, verifica-se que eles estão a abrir espaços físicos junto dos clientes".
Da intervenção de João Vieira Lopes, Presidente da CCP - Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, extraíram-se as conclusões:
As lojas de proximidade têm que se adaptar e sair da sua área de conforto. Têm que apostar no aumento da sua competitividade e refletir se devem continuar com a mesma estratégia ou trabalharem em rede, organizarem-se.
Estamos na "era" das tecnologias; segundo dados estatísticos 36% dos consumidores fizeram compras online o que corresponde a 4,9 mil milhões de euros e que a previsão para 2025 é de 9 mil milhões de euros. Neste sentido, por um lado, as empresas de pequena dimensão têm que começar a apostar nas vendas online. Por outro lado, as empresas grandes estão a voltar-se para as lojas físicas. Quem está neste negócio tem que estar inserido em todas as vertentes.
A fraqueza do sector do comércio e serviços reside na baixa qualificação dos efetivos e dos empresários do sector (47,7% dos empregados e mais de 50% dos empresários deste sector possuem o ensino básico).
É urgente a recuperação de programas de apoio ao comércio. Existem experiências, projetos do passado que podem ser aproveitados e melhorados no sentido da dinamização do sector.
Revisão da Lei do Arrendamento Comercial (não pode reger-se pela lei geral, não faz sentido).
É fundamental uma maior aposta, por parte do Governo na formação e qualificação de funcionários e empresários do sector. O desafio da formação é o grande desafio do movimento associativo e que tem que ser colocado ao governo.
Das intervenções realizadas nos restantes painéis é possível extrair as seguintes conclusões:
O turismo tem-se vindo a afirmar enquanto componente central do sistema mundial de cidades.
Cada cidade está em competição, direta ou indiretamente, com todas as outras; cada cidade tem potencial endógeno, que lhe cabe identificar e valorizar, cada cidade pode e deve estabelecer a sua política própria de desenvolvimento e afirmação.
É necessário criar mecanismos que permitam assegurar uma oferta comercial aliada ao lazer, divulgando as autenticidades e originalidade dos eventos da cidade.
Desenvolver campanhas, programas de atração de visitantes e aproveitar-se a capacidade de intervenção dos operadores turísticos pois tem potencial de captação turística.
Comércio com dinamismo e oferta característicos; restaurantes com oferta gastronómica da região, degustação e menus devidamente traduzidos.
Apostar no desenvolvimento integrado do comércio, do turismo e dos transportes.
As novas formas de consumo são imparáveis. A vida quotidiana sem o grande retalho ou o comércio eletrónico é algo em que já ninguém acredita.
Da parte dos poderes públicos espera-se o cumprimento das suas obrigações de gestores e planificadores territoriais, que passam inevitavelmente pela criação de estruturas capazes de responder às exigências de comodidade e conforto contemporâneas.
A economia portuguesa deverá continuar a crescer nos próximos 3 anos por via da procura interna e das exportações, mas em desaceleração, com riscos da envolvente externa (procura externa) e algumas fragilidades estruturais.
Os níveis de escolaridade estão ainda abaixo da média da UE apesar da convergência nos escalões mais jovens.
O stock de capital por trabalhador é baixo (e produtividade relativamente baixa) daí a importância da promoção do investimento em capital humano e físico (potenciador do aumento de produtividade) num cenário de manutenção das condições de financiamento favoráveis.
Alterou-se a cadeia de valor que pressupõe o negócio online nuns casos e a convergência e integração do offline e do online noutros casos. O futuro do retalho reside na integração do offline e do digital. No comércio a retalho é igualmente relevante o online/digital na relação com o consumidor/cliente.
As empresas devem preparar-se devidamente para acompanharem a digitalização da economia e tirar proveito das muitas oportunidades que a economia digital e, em particular, o comércio eletrónico lhes proporcionam. Caso não o façam colocarão em causa a sua própria sustentabilidade.
Investir em tecnologias, marketing, logística, suporte a clientes; elaborar planos de negócios atrativos para financiamentos públicos ou privados.
Apostar não apenas no mercado local mas no nacional e no internacional.
Criar notoriedade quer seja pela marca ou confiança que transmite. Quem não tiver uma boa presença e visibilidade na economia digital não estará só fora do mercado. Não existe!
Encarar a economia digital (marketplaces), na sua vertente B2B ou B2C, como complementar e/ou alternativa aos tradicionais processos de internacionalização, sustentados em missões empresariais no exterior e participação em feiras e exposições, nos mercados que pretendem conquistar, reforçar ou manter.
É preciso criar condições para que as empresas portuguesas tenham uma boa presença digital, independentemente de terem ou não estratégias individuais, através de modelos agregadores de oferta das empresas portuguesas (marketplaces horizontais, verticais, B2B, B2C).
É importante a aposta na formação profissional para empresários e ativos das empresas.
É importante a existência de programas de apoio para o sector do comércio e serviços, de revitalização e regeneração do comércio urbano e comércio no espaço rural.
É importante a existência de mais e mais fortes parcerias com o Estado.
É importante a existência de mais projetos no PT2020 e no futuro PT2030 para o comércio urbano e comércio no espaço rural.
É importante que as empresas adiram à economia digital, às vendas online, aos marketplaces coletivos de vendas e lojas, como é o caso do Barcelos Plaza.
Com este documento conclusivo, a ACIB assume o seu carácter dinamizador e motor das atividades empresariais locais. Cabe à ACIB enquanto associação representativa de comerciantes e industriais ser pró-ativa na busca da mudança.
Cabe agora às autoridades governamentais serem parceiros na procura de novos caminhos. Cabe às câmaras municipais serem ativas na defesa do seu comércio tradicional.
As microempresas, as pequenas e médias empresas da região, e as centenas de milhares de pessoas ao serviço têm elevadas expectativas quanto ao futuro desempenho dos dirigentes nacionais.
É indiscutível o peso do sector na economia nacional, regional e local.
Dados oficiais do INE, bem como a análise do Banco de Portugal confirmam que:
Em Portugal o peso do comércio no VAB é dos mais elevados e está acima da média no caso do emprego. Entre 2013 e 2017 apresentou o 2.º contributo mais elevado para o crescimento do VAB e também o 2.º maior contributo para o crescimento do emprego.
O sector do comércio contribuiu significativamente para a recuperação da economia portuguesa entre 2013 e 2017: 42% do crescimento total do VAB em termos reais acumulados (15,8% no comércio vs. 5,4% no total).
Devem, assim, os políticos nacionais e locais perceberem o impacto positivo que terão eventuais projetos de apoio que venham a implementar.
A digitalização da economia é irreversível pelo que deve o sector avançar rapidamente para a incorporação de medidas que possibilitem às empresas e empresários estarem dentro deste enquadramento.
O Comércio online está hoje inteiramente ligado à atividade do sector. Devem as empresas estar com lojas online e estratégias de ligação direta aos consumidores. Destaca-se a urgência em promover a adesão das lojas ao comércio online.
A plataforma de comércio online "Barcelos Plaza" é um instrumento decisivo para o comércio, os serviços e a restauração de Barcelos.
Da intervenção do Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, João Torres, podem retirar-se as seguintes conclusões:
Reconhecimento do sector como fundamental à economia. "O sector do comércio é um sector de elevado valor económico que não vai ser descurado pelo novo governo. A atividade comercial é uma componente essencial do dinamismo de qualquer economia e um sector-chave na criação de emprego, desempenhando, para além das suas funções puramente económicas, importantes funções sociais".
A necessidade de revitalizar o sector. "O programa do novo governo vai promover a criação de novas dinâmicas e novas formas de modernizar e revitalizar o comércio urbano e rural pois existe plena consciência dos desafios que enfrenta o sector".
A importância de parcerias institucionais. "Disponibilidade do governo para a colaboração e estabelecimento de parcerias com a CCP, autarquias e associações no sentido da dinamização e do desenvolvimento integrado e sustentável do sector do comércio. O novo Governo precisa de interlocutores para com ele desenharem o plano de ação".
O passo fundamental a caminho da economia digital. "Valorização da digitalização. Interação entre o comércio online e o comércio presencial. Significa que no comércio o mundo será "on e offline". "Se se olhar para os grandes players do comércio eletrónico, verifica-se que eles estão a abrir espaços físicos junto dos clientes".
Da intervenção de João Vieira Lopes, Presidente da CCP - Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, extraíram-se as conclusões:
As lojas de proximidade têm que se adaptar e sair da sua área de conforto. Têm que apostar no aumento da sua competitividade e refletir se devem continuar com a mesma estratégia ou trabalharem em rede, organizarem-se.
Estamos na "era" das tecnologias; segundo dados estatísticos 36% dos consumidores fizeram compras online o que corresponde a 4,9 mil milhões de euros e que a previsão para 2025 é de 9 mil milhões de euros. Neste sentido, por um lado, as empresas de pequena dimensão têm que começar a apostar nas vendas online. Por outro lado, as empresas grandes estão a voltar-se para as lojas físicas. Quem está neste negócio tem que estar inserido em todas as vertentes.
A fraqueza do sector do comércio e serviços reside na baixa qualificação dos efetivos e dos empresários do sector (47,7% dos empregados e mais de 50% dos empresários deste sector possuem o ensino básico).
É urgente a recuperação de programas de apoio ao comércio. Existem experiências, projetos do passado que podem ser aproveitados e melhorados no sentido da dinamização do sector.
Revisão da Lei do Arrendamento Comercial (não pode reger-se pela lei geral, não faz sentido).
É fundamental uma maior aposta, por parte do Governo na formação e qualificação de funcionários e empresários do sector. O desafio da formação é o grande desafio do movimento associativo e que tem que ser colocado ao governo.
Das intervenções realizadas nos restantes painéis é possível extrair as seguintes conclusões:
O turismo tem-se vindo a afirmar enquanto componente central do sistema mundial de cidades.
Cada cidade está em competição, direta ou indiretamente, com todas as outras; cada cidade tem potencial endógeno, que lhe cabe identificar e valorizar, cada cidade pode e deve estabelecer a sua política própria de desenvolvimento e afirmação.
É necessário criar mecanismos que permitam assegurar uma oferta comercial aliada ao lazer, divulgando as autenticidades e originalidade dos eventos da cidade.
Desenvolver campanhas, programas de atração de visitantes e aproveitar-se a capacidade de intervenção dos operadores turísticos pois tem potencial de captação turística.
Comércio com dinamismo e oferta característicos; restaurantes com oferta gastronómica da região, degustação e menus devidamente traduzidos.
Apostar no desenvolvimento integrado do comércio, do turismo e dos transportes.
As novas formas de consumo são imparáveis. A vida quotidiana sem o grande retalho ou o comércio eletrónico é algo em que já ninguém acredita.
Da parte dos poderes públicos espera-se o cumprimento das suas obrigações de gestores e planificadores territoriais, que passam inevitavelmente pela criação de estruturas capazes de responder às exigências de comodidade e conforto contemporâneas.
A economia portuguesa deverá continuar a crescer nos próximos 3 anos por via da procura interna e das exportações, mas em desaceleração, com riscos da envolvente externa (procura externa) e algumas fragilidades estruturais.
Os níveis de escolaridade estão ainda abaixo da média da UE apesar da convergência nos escalões mais jovens.
O stock de capital por trabalhador é baixo (e produtividade relativamente baixa) daí a importância da promoção do investimento em capital humano e físico (potenciador do aumento de produtividade) num cenário de manutenção das condições de financiamento favoráveis.
Alterou-se a cadeia de valor que pressupõe o negócio online nuns casos e a convergência e integração do offline e do online noutros casos. O futuro do retalho reside na integração do offline e do digital. No comércio a retalho é igualmente relevante o online/digital na relação com o consumidor/cliente.
As empresas devem preparar-se devidamente para acompanharem a digitalização da economia e tirar proveito das muitas oportunidades que a economia digital e, em particular, o comércio eletrónico lhes proporcionam. Caso não o façam colocarão em causa a sua própria sustentabilidade.
Investir em tecnologias, marketing, logística, suporte a clientes; elaborar planos de negócios atrativos para financiamentos públicos ou privados.
Apostar não apenas no mercado local mas no nacional e no internacional.
Criar notoriedade quer seja pela marca ou confiança que transmite. Quem não tiver uma boa presença e visibilidade na economia digital não estará só fora do mercado. Não existe!
Encarar a economia digital (marketplaces), na sua vertente B2B ou B2C, como complementar e/ou alternativa aos tradicionais processos de internacionalização, sustentados em missões empresariais no exterior e participação em feiras e exposições, nos mercados que pretendem conquistar, reforçar ou manter.
É preciso criar condições para que as empresas portuguesas tenham uma boa presença digital, independentemente de terem ou não estratégias individuais, através de modelos agregadores de oferta das empresas portuguesas (marketplaces horizontais, verticais, B2B, B2C).
É importante a aposta na formação profissional para empresários e ativos das empresas.
É importante a existência de programas de apoio para o sector do comércio e serviços, de revitalização e regeneração do comércio urbano e comércio no espaço rural.
É importante a existência de mais e mais fortes parcerias com o Estado.
É importante a existência de mais projetos no PT2020 e no futuro PT2030 para o comércio urbano e comércio no espaço rural.
É importante que as empresas adiram à economia digital, às vendas online, aos marketplaces coletivos de vendas e lojas, como é o caso do Barcelos Plaza.
Com este documento conclusivo, a ACIB assume o seu carácter dinamizador e motor das atividades empresariais locais. Cabe à ACIB enquanto associação representativa de comerciantes e industriais ser pró-ativa na busca da mudança.
Cabe agora às autoridades governamentais serem parceiros na procura de novos caminhos. Cabe às câmaras municipais serem ativas na defesa do seu comércio tradicional.
As microempresas, as pequenas e médias empresas da região, e as centenas de milhares de pessoas ao serviço têm elevadas expectativas quanto ao futuro desempenho dos dirigentes nacionais.